Hoje é Dia Mundial do Agrônomo
Nesta quinta-feira (13) comemora-se o Dia Mundial do Agrônomo, data lembrada por causa da primeira regulamentação da profissão, que aconteceu em 12 de outubro de 1933. Apesar de ser agronomia o conjunto das ciências e dos princípios que regem a prática da agricultura, o profissional desta área, cujo título é de engenheiro agrônomo, tem uma atividade com amplas possibilidades não só na agricultura, no setor rural, como também no urbano.
Este profissional poderá ter contato com as mais atuais políticas de preservação e conservação do meio ambiente e está inserido no mercado hoje chamado de agrobusiness, que alcança o trabalho nas fazendas (animais e agricultura), na indústria, nos institutos de pesquisa e no comércio de produtos agropecuários. Juliano Piske, engenheiro agrônomo há 20 anos, em entrevista à Rádio Cidade falou sobre a importância destes profissionais, ainda mais do que os de outras especialidades, estejam atualizados e sempre muito bem informados sobre as conseqüências de seu trabalho.
De acordo com Piske apesar de existirem cerca de 200 cursos de agronomia no país, é notória a falta de profissionais na área, justamente em um momento em que o Brasil avança para se consolidar como o maior produtor de alimentos do mundo. Durante a entrevista, dois assuntos polêmicos foram tratados: a evolução dos transgênicos e o Código Florestal.
Juliano Piske é favorável aos alimentos transgênicos por inúmeras facilidades que eles propiciam ao cultivo, a resistência às inúmeras pragas, e por ser o que causa menor impacto ambiental. De acordo com o agrônomo, o que existe ainda é a falta de um conhecimento maior por parte da população sobre o que realmente é o alimento modificado geneticamente (transgênico). E pela falta deste conhecimento se espalharam pelo país muitos boatos que, em momento algum foram comprovados, como malefícios à saúde humana.
Quanto a outro tabú que é o preparo da terra, Piske afirmou que qualquer terreno, mesmo depois do plantio de alimentos transgênicos, poderá, sim, retornar após alguns meses a produzir alimentos orgânicos normalmente. A tese de que um terreno após ser preparado para o plantio de alimentos transgênicos nunca mais poderá produzir alimentos orgânicos, não é verídica.
O segundo assunto abordado com o profissional foi quanto à aprovação do Código Florestal. No seu entendimento, é preciso haver modificações, pois ele se mostra falho da forma como foi aprovado. Segundo Juliano Piske, o veto da presidente Dilma Rousseff prejudica enormemente as cidades, especialmente da região Sul do país, pois, geograficamente, possui relevo diferente de outras regiões da Federação, e manter uma padronização nacional é a certeza de que haverá problemas, futuramente. Um destes confoforme Piske, será a ocupação irregular indiscriminada.